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SISBIOTA MAR | REDE NACIONAL DE PESQUISA EM BIODIVERSIDADE MARINHA |
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Nos últimos três anos, pesquisas sobre a biodiversidade marinha brasileira passaram a ser realizadas, pela primeira vez, ao longo de toda
a costa e de maneira integrada. Isso se deve à criação da Rede Nacional de Pesquisa em Biodiversidade Marinha (SISBIOTA-Mar) que
reuniu estudos antes realizados separadamente por cada universidade, muitas vezes somente trechos restritos do litoral. A Rede envolve
várias universidades brasileiras (com sede na UFSC), com mais de 30 pesquisadores que passaram a planejar e executar estudos em
conjunto, com reuniões periódicas para avaliar seu funcionamento. As três frentes principais são: ecologia, conectividade genética e
prospecção de substâncias químicas de organismos marinhos. Apesar do pouco tempo de existência, importantes resultados já foram
obtidos. Em primeiro lugar a Rede já permitiu a formação de 27 mestres, doutores e pós-doutores, com pelo menos outros 22 a seguir o
mesmo caminho nos próximos dois anos. Eles permitirão multiplicar os estudos da Rede. Os pesquisadores também conseguiram “afinar”
a linguagem de trabalho, resultando em trabalhos padronizados que permitem comparar os resultados até mesmo com estudos
internacionais. Um exemplo disso, é que hoje sabemos que recifes isolados e/ou realmente protegidos da pesca no Brasil possuem mais
peixes grandes do que locais próximos à costa e/ou desprotegidos. Outra conclusão é que alguns organismos fixos no fundo do mar
produzem substâncias químicas com potencial para serem usadas como medicamentos. Algumas conseguiram, por exemplo, destruir
células cancerígenas. Continuar a busca por essas substâncias promissoras, inclusive, é um dos objetivos de um projeto recentemente
aprovado pela Rede e financiado pelo CNPq, o ProspecMar-Ilhas. A Rede não tem previsão para terminar. Muito pelo contrário, ela
continua a todo vapor e os próximos anos devem mostrar mais avanços no conhecimento dos organismos marinhos brasileiros. |
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Contribuição do projeto para inovação de produtos, processos ou políticas públicas |
A Rede SISBIOTA-Mar participou de (e, em alguns casos, norteou) atividades de elaboração de políticas públicas de Conservação Marinha
no Brasil. Destacamos a participação da Rede na oficina participativa para o plano de monitoramento da ESEC Tupinambás, ICMBio em
São Sebastião, SP (15-17 de outubro de 2013), nas oficinas de avaliação de espécies ameaçadas na ACADEBio/ICMBio, em Iperó, SP
(2012-14), na reunião sobre Monitoramento de Costões Rochosos, da Coordenação de Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio, em
Brasília, DF (28 e 29 de novembro de 2013), na oficina preparatória para elaboração do Plano de Ação Nacional (PAN) para a
conservação dos ambientes coralíneos (ICMBio) em Itajaí, SC (28-30 de janeiro de 2014) e na oficina para elaboração do Plano de Ação
Nacional (PAN) para a conservação dos ambientes coralíneos (ICMBio) em Porto Seguro, BA (07-11 de abril de 2014). Nesta última
reunião, resultados da Rede SISBIOTA-Mar foram apresentados a quase 100 delegados, permitindo a tomada de decisões embasadas em
um amplo panorama da situação da conservação marinha no país. Nas próximas décadas, integrantes da Rede SISBIOTA-Mar serão
facilitadores e membros do grupo de assessoramento que visa garantir a implementação do Plano de Ação Nacional (PAN) para a
conservação dos ambientes coralíneos.
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Contribuição do projeto para difusão e transferência do conhecimento |
O primeiro passo para difusão do conhecimento gerado pela Rede SISBIOTA-Mar foi a criação do portal online (www.sisbiota.ufsc.br) no
qual, ao longo dos últimos anos, foram divulgadas todas as principais atuações da rede. Fotos e vídeos gerados em campo e em eventos
de divulgação foram e continuarão a ser expostos no portal da rede que já conta com cerca de 6 mil visitas (pageviews) totais de 47
países e de todos estados brasileiros (menos Rondônia). Essa importante divulgação gerou repercussão em veículos de difusão de
informações em escala regional, nacional e até internacional, tendo os pesquisadores da rede participado de programas televisivos (p.ex.
Good News, da Rede TV e Terra da Gente, da Rede Globo), reportagens para jornais (p.ex. Diário Catarinense) e sites de divulgação (p.ex.
site da UFSC, Ciências sem Fronteiras-CNPq). Além disso, pesquisadores da rede e associados divulgaram os resultados inicialmente
obtidos em diversos congressos nacionais e internacionais, tendo em conjunto sido apresentados 42 trabalhos, alguns dos quais
premiados nacional e internacionalmente (p.ex. o doutorando Guilherme Longo, com 3º lugar no 1º Congreso Panamericano de Arrecifes
Coralinos, Mérida, México 2013, e 1º lugar no 43rd Benthic Ecology Meeting, Jacksonville, Flórida, EUA, 2014). Uma vez que a divulgação
científica ocorre aliada à publicação dos trabalhos em periódicos especializados, a divulgação da rede através de entrevistas, reportagens
e press releases deve continuar pelos próximos anos. |
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