|
PROJETO 1 | ECOLOGIA |
ECOLOGIA E PAPEL FUNCIONAL DOS PRINCIPAIS GRUPOS FUNCIONAIS DE ORGANISMOS RECIFAIS DO
BIOMA MARINHO NO BRASIL (PEIXES, ALGAS E CORAIS) |
|
Em ambientes recifais (coralinos e/ou rochosos) os peixes compõem um grupo importante na estruturação das comunidades ecológicas.
Infelizmente, alterações de grande magnitude na composição das comunidades dos ecossistemas recifais vêm ocorrendo nos dois últimos séculos
principalmente devido à pesca. Diante dessa grande pressão de exploração que os estoques pesqueiros de todo o mundo vêm sofrendo, estudos
têm sido conduzidos com o intuito de descrever um estado referencial (“baseline”) dos ecossistemas recifais, no entanto tais esforços têm sido
incipientes no Brasil. Todavia, as poucas pesquisas existentes sugerem que as pescas, artesanal e industrial, associadas à coleta de espécies para
fins ornamentais, têm efeitos na diversidade e abundância de espécies, levando a mudanças significativas na estrutura das comunidades locais. |
|
A degradação do habitat resulta em mudanças determinantes para a estrutura das comunidades de peixes, sendo que a grande maioria da sua
biodiversidade está associada a ambientes de maior complexidade. Assim, utilizar comunidades bentônicas como indicadores da qualidade
ambiental é justificável, pois, além de determinar a manutenção da biota costeira, por terem pouca ou nenhuma mobilidade, podem expressar a
variação de fatores dirigentes da produção, como o incremento por nutrientes, diminuição da visibilidade, aumento da sedimentação, presença
contínua de substâncias tóxicas e interações biológicas inter ou intraespecíficas. A falta de conhecimento ecológico sobre as comunidades
bentônicas de ambientes rochosos é notória, principalmente diante dos impactos derivados da atividade humana que implicam em diminuição da
diversidade e irreversível perda de informação biológica. A ausência de dados pretéritos dificulta a detecção e prevenção dos impactos e suas
consequências, no sentido de mitigação e compensação. O estabelecimento de uma linha de referência que possibilite monitoramento futuro e em
longo prazo da comunidade de peixes recifais, da comunidade bentônica e das interações que contribuem para sua estruturação ao longo da costa
brasileira possibilitará melhor acompanhamento de eventuais flutuações nos padrões e processos das comunidades recifais. |
|
OBJETIVOS |
01 Descrever um estado referencial (“baseline”) da estruturação da comunidade de peixes e bentos em ecossistemas recifais ao longo da costa brasileira;
02 Avaliar os processos de interação entre peixes recifais e a comunidade bentônica a fim de compreender o papel funcional dos peixes sob uma perspectiva de
comunidade. |
METAS |
01 A partir desse “baseline” possibilitar futuramente o monitoramento sistemático das alterações do Bioma Marinho em escala nacional;
02 Gerar uma base de dados das interações tróficas ao longo da costa brasileira, permitindo múltiplas abordagens posteriores em escala macroecológica;
03 Gerar subsídios para conservação e manejo sob a perspectiva de grupos funcionais críticos que suportam importantes processos ecossistêmicos. |
|
|
|
Mapa dos pontos amostrados em expedições realizadas entre 2011 e 2014 ao longo da costa brasileira e ilhas oceânicas e os Núcleos Executores da
Rede (Sul – UFSC, Sudeste – UFF, UFRJ, UFES, Nordeste – UFC). Azul = Pontos Costa Sudeste-Sul, Vermelho = Pontos Costa Nordeste, Laranja = Pontos
Ilhas Oceânicas. Siglas: PML = Parcel de Manuel Luís, CEA = Ceará, RGN = Rio Grande do Norte, CCO = Costa dos Corais, BTS = Baía de Todos os
Santos, ABR = Arquipélago dos Abrolhos, ESA = Espírito Santo, ARR = Arraial do Cabo, ILB/ALC = Ilhabela e Alcatrazes, SCN = Santa Catarina, ASP =
Arquipélago de São Pedro e São Paulo, ROC = Atol das Rocas, NOR = Fernando de Noronha, TRI = Trindade. |
|
|
|
|
|
|